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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2013

"Tenho Cancro, Não sou Cancro"

Hoje assinala-se um dia que serve para alertar, recomendar, apoiar, todas as mulheres a quem esta doença é desconhecida, ou todas as mulheres que se encaram com ela todos os dias.  Todas as doenças são dolorosas, difíceis de gerir, para todos aqueles que tem de conviver com elas em si, e para todos aqueles que mesmo de fora acompanham o desfazer de almas, de corpos que vão perdendo a cor, pessoas que vão perdendo o rumo.  Todos os seres envolvidos sofrem, uns pela dor sentida que tentam disfarçar com um sorriso, tentando contrariar a dor que está a tentar abalar as suas vidas. Outros sofrem, não porque a dor está instalada, mas sim porque a impotência e incapacidade de salvar, de impedir que a morte ou o limite datado pelos médicos, leve aqueles que o amor um dia uniu em laços fortes, que agora inevitavelmente amedrontam os doentes e os acompanhantes.  Almas que por amor permanecerão unidas, corpos que perdem vida, rumo, sentido quando um se ausentar, seja qual for o limite pa

Percebi que era Amor

Quando a minha vontade de te ter, de possuir o teu corpo, falava mais alto que a voz reproduzida pela minha boca.  Quando o teu beijo me calava, sem me permitir qualquer explicação para o que sinto, quando estás por perto. Percebi que era amor, quando o teu sorriso se rasgou no teu rosto, quando o nosso olhar se cruzou e o meu sorriso te acompanhou, como que em concordância daquilo que eu considerava improvável e tu tornas-te possível.  Senti que era amor, de todas as vezes que conversa-mos sem abrir a boca, sem gastar as palavras e mesmo assim fazer-mos chegar a mensagem um ao outro, simplificando o que outrora eu complicaria, por não te ter por perto, nem imaginar que estavas tão perto.  Percebo que é amor, de todas as vezes que perco as forças nas pernas, de todas as vezes que o meu coração vai corando, da constante tendência para me lembrar de ti.  Dizem que é isto o Amor, quando ganha-mos um sentido diferente na vida, completamos o coração, que se enche de vontade de estar

Parabéns, Minnie !

É hoje. O facebook alerta e o Skype apita para a minha direcção, como que em gritos histéricos, para que eu não me esqueça que é o teu dia. Ridículo, como é que eu me ia esquecer do teu dia, de ti, impossível, não és só mais uma amiga, és uma irmã, és parte da família, és a força que nunca me deixa cair, o sorriso que me enche de orgulho, fazes-me rir, fazes com que provoque o meu lado rebelde de todas as vezes que estamos juntas, fazes-me acreditar que existem amigas para sempre, que pessoas como tu valem a pena. Quando eu achei que já tinha comigo as melhores pessoas, as pessoas suficientes para fazer de mim um ser estupidamente feliz, tu apareces-te esmagas-te com a tua força e mau feitio o pensamento que tinha, apercebi-me que faltavas tu, sem intermediários cruzamos-nos na vida uma da outra, tivemos altos e baixos, e por incrível que possa parecer ensinaste-me a ser mais tolerante, menos ciumenta, ensinaste-me que mesmo que esteja sempre de pé atrás é preciso confiar, mesmo que

Silêncio Barulhento

Tantas são as vezes que nos encontra-mos num silêncio real, onde o constrangimento do barulho se faz ouvir só na nossa cabeça, quase tão real ou irreal como aquelas cenas de filme em que algo acontece e as vozes que tentam chegar até nós parecem eco, são só isso, vozes vazias.  Vozes de almas que tentam chegar a nós para nos libertar da confusão que se tornou a nossa alma, a quando de tentar-mos entender algumas coisas, de tentar-mos obter sem sucesso respostas a perguntas que fazem parte desse arraial em que se encontra o nosso mundo, o nosso coração. Perde-mos consciência do que é realmente importante, aproveitar o que temos deixando para trás o que outrora fez parte da nossa vida e que agora só faz parte das nossas memórias, do nosso coração, o resto vai-se perdendo com o passar do tempo, acabando só por restar a nossa alma, é ela que vai um pouco a medo dar a mão à nossa nova realidade, quando termina o ciclo que é a nossa vida, a morte.

Fragmentos do Pensamento XXV

Há por aí quem defenda que os melhores momentos acontecem quando menos estamos á espera. Ao longo dos anos tenho me apercebido que acontece o mesmo com as pessoas que vão entrando na nossa vida e que nela se instalam por vontade nossa, por merecerem um lugar no nosso coração, mais que um momento feliz, que acaba após algum tempo, as pessoas especiais permanecem até onde a vida nos levar. Foi o que aconteceu connosco, foi tão repentino e especial que até hoje me parece irreal, mas és real, estás lá para o que é preciso mesmo que a distância e a falta de tempo, nos impeça de estar juntas fisicamente. Somos totalmente diferentes, mas ainda assim existem particularidades que tornam algumas coisas parecidas nas nossa vidas, uma delas é o de sermos gémeas, de pessoas que a nosso ver são o suporte que nos faz aguentar tudo, tu e eu melhor que qualquer outra pessoa sabemos bem como é esta ligação, temos alguém com quem partilhamos tudo, desde sempre e para sempre. Assim como acontec

Sorrisos

Os dias não são todos iluminados com a energia e o calor aconchegante do Sol, por vezes são assaltados pela bravura da Chuva, uns gostam, para aliviar a tensão acumulada, outros desgostam, pois trás-lhes moleza como o Sol abrasador que faz os copos ficarem colados aos sofás em Agosto, ou simplesmente porque desfaz a sua indumentaria ou penteado. Eu particularmente gosto do Sol, da boa energia que me transmite, gosto de coisas simples, como sorrisos iluminados pelo simples prazer de viver, gosto do espírito jovem das almas envelhecidas, e a ingenuidade das pequenas almas que ao meu lado se tornam esmagadoramente intensas e vistosas, brincalhonas, sinceras e felizes. Não sou proprietária de uma quantia interminável de números no banco, não tenho uma beleza desmesurada que atraía qualquer pedaço de homem que se aproxime, não domino um grande talento. Escrevo essencialmente com o coração que me faz escrever cada palavra com emoção e com a vontade reflectida de querer só uma coisa, ab

Palavras de Outono em Outubro

 Mais um mês se passou, o número de palavras aumenta a cada vontade de escrever e falta de pudor em expressar sem banalizar o que se pensa, o que se sente.  A chuva caí lá fora como as minhas palavras aqui dentro, em menos de nada o Inverno passou a perna ao Outono, antecipando-se com a chuva compulsiva que enche as ruas e o vento forte que abana até almas que se encontram em sono profundo.   Detesto o Inverno e sinto um carinho aconchegante pelo Outono, ando às voltas há dias para escrever sobre esta estação que desperta tanta coisa boa em mim, desde as cores pastosas e os verdes secos, às folhas caídas no chão, formando tapetes coloridos que serão pisados pela gente, apaixonada pela vida ou por outro sexo, por toda aquela gente conformada, que se arrebita ao ver nascer mais um mês e se desanima ao ver a antecipação da próxima estação.   No entanto estamos em Outubro, que por várias razões, se tornou dos meus meses de eleição, uma delas foi a exposição pública há muitos anos atrá